tag:blogger.com,1999:blog-67167428018166741362024-03-12T18:37:15.557-07:00Idiotecaguhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.comBlogger149125tag:blogger.com,1999:blog-6716742801816674136.post-84977429078379611922010-05-05T07:53:00.000-07:002010-05-06T21:00:00.911-07:00Farewell Post<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq4jBxqAVm59rZ0J3gAcAUhfJpgUhK68TiAOxGcWNib9MydaY7x8FZBU4yz13yymv5v2clZYbvXVQ9mWdtC8sgER8Gtha1K1UIV6Xbs1I9SYjYM-pvxFSue4FtiHvFXTFVCbj-DLpktX3a/s1600/walking.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 284px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq4jBxqAVm59rZ0J3gAcAUhfJpgUhK68TiAOxGcWNib9MydaY7x8FZBU4yz13yymv5v2clZYbvXVQ9mWdtC8sgER8Gtha1K1UIV6Xbs1I9SYjYM-pvxFSue4FtiHvFXTFVCbj-DLpktX3a/s320/walking.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5468372924712429474" border="0" /></a><br />Eu não odeio despedidas. Mas eu nunca me despedi, porque despedir-se mata a esperança de que o momento continue. Meus momentos continuam sendo eternos.<br /><br />Hoje cometerei um algumacoisacídio.<br /><br />Faço isso porque estou voltando ao papel e às minhas bics. Ainda continuo achando um ato de violência o de tatuar folhas em branco sem contorno nem marcação, mas é mais orgânico, como são os meus grunges tocados no violão. As árvores e os meus tristes ouvintes que o digam.<br /><br /><span style="font-style: italic;">Vou partir e não sei se voltarei.<span style="font-style: italic;"> Não me entenda mal, hoje</span></span>...não, não é carnaval.<br />Aos meus improváveis, supostos e imaginários dois leitores eu não deixo nada além do que já deixei e agora não tenho mais paciência nem força nas costas para por de volta na mochila. Façam qualquer uso e depois me contem no que deu.<br /><br />Estarei mais por aqui do que por aí, mas deixarei pegadas. Lembranças aos que virão, aos que irão e aos que estão.<br />A gente se esbarra em qualquer semáforo pra cantar uma música do Chico Buarque, mas não vamos combinar nada.<br />Deixa pra esses acasos aí.<br /><br />Com carinho e sono.<br /><br />O autor.guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6716742801816674136.post-28446593137528357252010-04-28T20:02:00.000-07:002010-04-30T05:11:55.310-07:00AtravessadoNão era minha primeira opção, mas eu escolho a sombrinha pra me equilibrar na corda bamba que é a linha da evolução. Sigo como pioneiro entre os macacos-poetas e desço dos postes da minha cidade. Desço como muitos já desceram da torre de marfim, ainda que com uma mala pesada. E desço a rua.<br /><br /> Quando Davis é injetado dentro do meu juízo pelo fone de ouvido eu sinto que realmente desço a rua. Ao lado de exaustos e depressivos carros em fim de expediente. Se comportam como se estivessem atrasados para chegar onde simplesmente não têm nenhum compromisso marcado, só pra provar que não faria sentido dormir no emprego.<br />O sinal abriu e todos nós descemos a rua.<br /><br />Meu passo é incerto porque não piso nas linhas das calçadas, não por paranóia maníaco-depressiva, só por excesso de infância mesmo. Pelo aspecto das construções da minha cidade tive de mudar algumas regras da brincadeira ou senão simplesmente fincaria os pés em algum único ponto imaculado de onde piso e lá criaria raízes e um conto Kafkiano.<br />Só não piso em linhas intencionais.<br />Minha cidade ostenta um charmoso aspecto pós-apocaliptico de ruína grega. Tenho escadas para o nada, colunas que sustentam nada, arbustos e trepadeiras que realmente surgem do nada por meio das fraturas da calçada. Nas quais eu piso.<br />Essa é a roupa da minha cidade. A mesma de um pré-adolescente filho de pais divorciados, que recentemente deixou de ser vestido pela mãe e está para comprar seu primeiro CD de punk. Minha cidade está ficando rebelde enquanto eu desço sua rua.<br />Por mais que eu ande, nunca chego onde queria ou deveria chegar, pois a música nunca acaba antes que a calçada. O sinal está aberto e isso não é para mim. Eu vejo a luz verde, o fio dos postes e a lua cheia na grande tela de profundidade púrpura. O céu da minha cidade não é uma imensa obra de arte pintada por deus, não. É um ornamento de escritório: bicolor, comportado, de certo requinte e estilo, nenhuma informação. Ocupa uma parede.<br />O céu da minha cidade não tem estrela.<br /> Me atravessam os ônibus e me pergunto se pessoas valem a pena. Elas têm contas a pagar, lugares a chegar e costumeiramente atribuem-se o trabalho e a capacidade de criar seres humanos. Checam o resultado dos jogos, o dinheiro da passagem, o último sucesso da rádio preferida do motorista. Precisamos comprar, limpar, jogar fora, abrir espaço para um novo móvel e desocupar uma parede e nossas mentes. Entregar presente e encomendas e por obrigação, temos que nos divertir. Em grupos, de forma segura e com trabalho alheio e garantia que poderemos voltar a salvo e a tempo. Tomamos remédios nos horários certos, mantemos os serviços institucionais em dia e nos olhamos nos olhos quando der tempo.<br />Pessoas não valem a pena.<br /> O sinal fecha e a vida deve parar. Eu atravesso a rua e a vida. Do outro lado, outra calçada, novas esperanças e de volta a minha infância, logo se vê que as regras são as mesmas. Eu desci a rua e cheguei ao mesmo ponto onde sempre cheguei. Os postes se acabam a minha frente e se acaba a cidade, daqui eu nunca passei.<br />Daqui eu volto.guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6716742801816674136.post-75929674924841441952010-04-27T11:10:00.000-07:002010-04-27T11:47:57.269-07:00Velho euSe eu guardasse tudo que é meu<br />não de você mas de mim mesmo.<br />Eu descansaria minha alma escaldante<br />num olhar ao sol de cristal<br /><br />Não teria que pensar<br />Teria apenas de agir.<br />E tudo seria perfeito<br />Eu me guardo e ninguém se machuca.<br /><br />Você gostaria de ouvir minha voz e toda sua emoção?<br />Então dê-me os seus versos.<br /><br />Eu já posso ver<br />Em um velho eu<br />Minhas velhas manias<br />E minha sincera infelicidade.<br />Agora eu não posso sentir<br />Tudo o que não uso<br />Aqui bem dentro de mim.guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6716742801816674136.post-78243663179233339922010-04-14T13:39:00.001-07:002010-04-14T13:39:56.713-07:00AssuntoEu queria me libertar. Voar por ali onde minha vista não alcança. Deitar sobre sonhos que possam me levar pra longe. Distante. Meu cenário se transformará. Ou se não quiser, que apenas eu sinta que não houve nada. Que eu morra buscando meu horizonte perdido nos meus dias igualmente perdidos. E essa vontade cresce e me preenche. Não me conforta. Peço por favor que não me deixe assim. Tempo. Que não acabe antes de ver o que há depois, no fim da terra. O que há além daquela linha que nunca alcanço. Imaginária. Leve e solta. Tênue. Como minha própria vida é. Uma linha apenas. E nada depois acontece, no dia que ela partir, eu desejo. Apenas que não haja mais nada além daqui. Não sei se suportaria o meu bem e o meu mal ali. Eu quero apenas parar de pensar. Ou pensar em algo que me traga uma maior tranquilidade. Eu sinto muito por tudo. Eu não desejei isso. Foi só meu instinto quando eu não sabia fazer mais nada. Correr e alcançar. Desfalecer.Tulipahttp://www.blogger.com/profile/09960366665434613381noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6716742801816674136.post-22555869690716184292010-04-14T09:46:00.000-07:002010-04-14T09:47:32.016-07:00Momento Confesso<div><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 51, 51); line-height: 18px; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Um garoto sentado na areia observando o mar pela primeira vez. Nesse momento ele tem a certeza que seus jovens olhos conheceram uma das coisas mais fascinantes e envolventes de seu mundo. O misterioso, o imponente e sedutor gigante que faz tantos corações baterem de maneiras diferentes e tantas cabeças divagarem em pensamentos diversos e tão profundos quanto o próprio mar.</span></span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 12px; color: rgb(51, 51, 51); "><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 10px; padding-left: 0px; text-align: justify; line-height: 18px; "><span style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 18px; "><span class="Apple-style-span" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Enquanto escrevo essas linhas sinto-me carregado de volta ao momento em que a vi com meus olhos abertos pela primeira vez. A sensação de fitar o horizonte, estático, arrebatado, sem sequer saber o que eu poderia encontrar ali se algum dia eu conseguisse alcançar o ponto em que meu olhar estava fixo, sem me importar com a força que as águas me receberiam.<o:p style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; "></o:p></span></span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 10px; padding-left: 0px; text-align: justify; line-height: 18px; "><span style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 18px; "><span class="Apple-style-span" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Esquecer de mim nos seus belos olhos que articulam palavras sedutoras melhor que quaisquer lábios e que são tão ou mais indecifráveis e atraentes quanto o famoso sorriso italiano que repousa no Louvre foi, e sempre será, meu refúgio. Minha fuga nas noites insones, subterfúgio da minha mente inerme que perdia batalhas e batalhas para meus problemas e transtornos. Não que eu tenha me tornado prole de Palas e esteja com um arsenal invasivo e preparado para vencer ou perder qualquer guerra, agora eu simplesmente declarei paz, não preciso mais temer a escuridão de forma pueril.<o:p style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; "></o:p></span></span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 10px; padding-left: 0px; text-align: justify; line-height: 18px; "><span style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 18px; "><span class="Apple-style-span" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">É um anjo desenhado na mais bela mulher. A alegria projetada em um sorriso magistral. A ternura figurada no mais penetrante olhar. A segurança entrelaçada no mais envolvente abraço. É o Éden alcançado no mais estonteante beijo.<o:p style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; "></o:p></span></span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 10px; padding-left: 0px; text-align: justify; line-height: 18px; "><span style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 18px; "><span class="Apple-style-span" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Quando ela caminha em minha direção tento manter a calma, mas minha postura vacila no momento que meus olhos encontram a silueta dela, caprichosamente desenhada à mão por Deus com seu nanquim divino, enquanto não pareço mais que um esboço de gente ao lado dela, fico com a impressão que deveria sentir-me pequeno, mas acabo me sentindo o mais orgulhoso e realizado dos homens por tê-la em meus braços. Nesse momento assumo: sou altivo, arrogante e convencido, tudo isso em um pecador só, pois tenho plena certeza que trago essa rosa tão almejada ao meu lado, transformando-me, de pecador ao mais dedicados dentre os jardineiros.<o:p style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; "></o:p></span></span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 10px; padding-left: 0px; text-align: justify; line-height: 18px; "><span style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 18px; "><span class="Apple-style-span" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Uma mistura de sensações, onde um encanto completa o outro em um deleite comparável a uma miscelânea de drama, comédia e romance. A ficção se torna realidade nessa compilação humana de sensações inalcançáveis por palavras ou gestos. A mulher que não quer ser idealizada se torna ideal para o sujeito que nunca idealizou relação nenhuma e agora está em busca de redenção. Redenção essa que é apoiada, sustentada e incentivada pela voz suave que eu tanto aguardo todos os dias e que me tira dos eixos, me arranca as respostas e trava qualquer reação, sou vulnerável como o mais importante guerreiro de Ilíada é frágil em seu calcanhar, entretando, não temo nenhuma flecha traiçoeira, pois pela flecha mais poderosa de Eros já fui atingido e eu quero que essa ferida não cicatrize jamais.<o:p style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; "></o:p></span></span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 10px; padding-left: 0px; text-align: justify; line-height: 18px; "><span style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 18px; "><span class="Apple-style-span" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; font-size: small; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Sua voz ecoa na minha cabeça e se espalha no meu coração. O amor preenche os espaços antigamente vazios ou feridos substituindo meu sangue com a essência deste que é o mais puro e enérgico dos sentimentos, você está vivendo sob a minha pele, enraizada em um lugar que não sairá nem quando as trevas iluminarem caminhos ou a luz do dia anunciar o fim das eras em um mundo virado às avessas.</span></span></span></p></span></div>Nice Guyhttp://www.blogger.com/profile/18009392057918051488noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6716742801816674136.post-78568356031104498212010-04-06T17:50:00.000-07:002010-04-06T18:03:45.796-07:00<object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/DVFjP4CcFck&hl=pt_BR&fs=1&rel=0"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/DVFjP4CcFck&hl=pt_BR&fs=1&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/NQbNy74EstM&hl=pt_BR&fs=1&rel=0"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/NQbNy74EstM&hl=pt_BR&fs=1&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br />Uma homenagem a tudo o que é demodé e ao tempo em que eu tinha MTV grátis.guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6716742801816674136.post-71334164509798488662010-04-06T05:30:00.000-07:002010-04-06T06:14:35.675-07:00Q'boaO que eu me lembro de você<br />são todas as coisas fáceis<br />como não gostar de mim.<br />Rios de lágrimas não têm nada a ver, não.<br />Eu só deixei a torneira ligada<br />pra ficar mais fácil escorrer<br />tudo que eu tô tentando lavar<br /><br />seu sangue de barata<br />seu despenteado<br />e todos os meus antigos cds<br />vão por água abaixo<br />tudo vai<br />por água abaixo.guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6716742801816674136.post-87197268789225864552010-04-05T04:55:00.000-07:002010-04-06T19:39:03.034-07:00A ordem das coisas IIOs dias iam passando-se um no lugar do outro, porque é assim que os dias passam. Todas as manhãs, como se não houvessem manhãs anteriores, acordava-se com os mesmos problemas e levantava-se com as mesmas decisões e, talvez pela tontura ou pela temperatura da água ou pelo volume da música, fazia tudo diferente. Igual ao dia anterior, ainda que esse dia não exista. No máximo, vinte e quatro horas esmagadas por outras vinte e quatro horas fatidicamente parecidas.<br />Foi numa dessas madrugadas claras e às claras que Caio e Hilda e Thomas o ensinaram que o amor pode sim ser conjugado no presente simples (e portanto, em qualquer simples presente), se for feito isso com mais que a boca aberta. Assim, em si e a dois, ele e o dia se encerraram no ponto em que a terra decidira dar outra volta.<br /><br />Foi o abraço mais sincero do último ano.<br />- Eu escolho você, amor. Não porque nos unimos nem porque nos opomos. Só porque nos misturamos. Eu escolho você não porque preciso, não porque quero ou porque eu posso, não. Na verdade, eu não sei. Mas enquanto houverem escolhas, e ainda quando não houverem, nesse restaurante num deserto no fim do mundo, eu deixo seu prato ao meu lado e divido meu sushi com a cadeira vazia, cheia de você. Eu escolho você não porque eu gosto dos seus discos nem porque você gosta dos meus, mas porque tanto uns como os outros estão espalhados pelo quarto e eu não consigo mais dizer se algum dia algum me pertenceu. Você não precisa mais assistir a esses filmes em preto e branco, até porque nunca precisou. Nem precisa ler todos esses Bukowskis nem esses Wildes, ainda que eu saiba que gostaria. Você só precisa intrometer-se na minha vida como se ela fosse sua. Agora me atrevo a dizer que ela o é. Vamos apenas dançar quando nós dois quisermos dançar, mas não façamos questão de nada, como nunca fizemos. Falemos tudo o que tivermos a falar e quando acabarem as palavras eu vou olhar nos teus olhos até o mundo ao redor deles envelhecer, porque eu escolho esses olhos, amor, pro mundo ficar velho ao redor.guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6716742801816674136.post-9746324840860190302010-04-05T04:52:00.000-07:002010-04-05T04:54:08.496-07:00Madrugada<p style="font-family: arial; color: rgb(0, 0, 0);" align="justify"><span style="font-size:100%;"> "Ninguém haveria de dizer que eu estava no caminho certo. Ninguém me estenderia a mão, essas coisas que costumam costurar, num tom de melodrama, o que rompido foi desde que meteram-me nessa tal lenda dos anos lá naquela madrugada, olha só, lá mesmo, logo aqui, espia!, nessa arquejante química entre carcaças debaixo do edredom que sufoca-, essa coberta a encenar um orgulhoso mármore de lápide. Não, ninguém haveria de abrir seu beneplácito diante de minha queda aqui à beira do rio de férvidos miasmas. Desnecessário dizer: exatamente como em velhas histórias gregas que hoje os doutos clamam de boca cheia como sendo emissárias do tal do "sentimento do trágico", isso mesmo!, quando um personagem se fode sem remédio e assim mesmo vai marchando tal e qual se dirigisse em regozijo a um casamento com suas próprias trevas, marchando para aquele estado só mucosas, em que o macho empurrando-empurrando fecundava a vítima cujas pernas, engatadas em volta do glúteo musculoso do atleta, quiçá até golpeado a bunda do fogoso galo, ah, sedosas e em ligas debruadas sonhavam viver uma relutância difícil de envergar: são pernas? É ela toda, olha!, vertendo-se de sí pra besuntar essa penetração da fera já em vômitos, coitada! É ela, veja!, é a mãe agora já entregue à lassidão, exército de uma mulher só inerme no campo de batalha, embora ainda debaixo dos noventa quilos do pai amordaçado para sempre pelo beijo cravado da megera; é ela já contendo nas entranhas a semente do santo que sim, sou, não nego-,aqui bebendo da água escura desse rio, um cão, um verdadeiro cão para o qual ninguém mais olhará em tom de afago, deixando que o bicho beba até o fim todo o fermentado e morno mijo da cidade..."</span></p><p style="font-family: arial; color: rgb(0, 0, 0);" align="justify">João Gilberto Noll<br /></p>guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6716742801816674136.post-69534795084873766692010-03-31T12:37:00.000-07:002010-03-31T12:39:30.481-07:00<object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/TK1bi4emEkk&hl=pt_BR&fs=1&rel=0"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/TK1bi4emEkk&hl=pt_BR&fs=1&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><span style="font-style: italic;">"I said what I said but you know what I mean"</span>guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6716742801816674136.post-41180834928431859522010-03-31T12:00:00.000-07:002010-03-31T12:36:08.986-07:00Do subsolo.<span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic;">"We were aiming for the moon, </span><br /><span style="font-style: italic;">we were shooting at the stars,</span><br /><span style="font-style: italic;">but the kids were just shooting at the busses and the cars"</span></span><br /><br />E é assim que funciona aqui embaixo. Lembre-se que você até viu o pôr-do-sol e que estava com dor de barriga, que as crianças são saudáveis e inteligentes e não serão médicas e que você o amou um dia... um dia. E é assim que funciona quando você lê o poema aí de cima, porque são essas lembranças que sobram aqui embaixo. Nas nossas ruas moram o palhaço sem maquiagem, o poeta nunca lido e num daqueles quitinetes da esquina vive o cantor que morreu de aids. Recentemente abrimos um museu. Pois é, nós temos umas entranhas de gente famosa por lá e eu soube que vão construir uma ala especial para o passado vergonhoso que vocês escondem aí em cima. Tinham a intenção de fazer uma parte pra cada tempo, sabe? Mas daqui a uns tempos teremos que entregar o futuro desastroso que vocês insistem em querer guardar aqui embaixo...<br />De qualquer forma, eu tenho um recado da sua consciência faz tempo: é que queria sair daqui debaixo de vez em quando, entende? Ela acha que poderia ser útil...guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6716742801816674136.post-6489944224495804012010-03-31T05:09:00.000-07:002010-04-01T06:03:03.188-07:00Desjuízo<span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic;">"Queria o mundo pr'eu me saciar e um megafone pra ouvir dizer. pelas antenas que vão avisar por deus. ou o diabo que vai te falar que o fim do mundo não acaba a vida. na luz vermelha da antena já dá pra ver. talvez eu fique, quem sabe você vá. diz-se apenas que um dia estaremos de novo no mesmo lugar. eu vou esperar você.</span> <span style="font-style: italic;">o que ninguém sabe, a antena dirá, não aos ouvidos, mas ao nosso olhar. queria ir no que está por vir, já que eu não sei se seremos assim ou se outros, como nós fazemos agora, falarão por nós.</span></span>"<br /><br />Quem sou eu pra falar do fim. Eu só posso esperar e descarbonizar-me. Onde eu vou parar não me importa mais, que eu não sei nem onde piso. Pra que apontar essas luzes que olham do céu, se me atropelarem essas luzes que correm no chão? Se todo mundo é colorido, já não importa mais, se todo mundo vê o mundo em preto e branco.<br /><br />Ser é mais que ser. E já que eu não quero ser só você, eu lavo as minhas mãos e eu fecho os olhos e no escuro posso ser qualquer um.guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6716742801816674136.post-85529772801337269322010-03-27T16:13:00.000-07:002010-03-27T16:23:11.569-07:00<object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/JyLocMuwCYw&hl=pt_BR&fs=1&rel=0"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/JyLocMuwCYw&hl=pt_BR&fs=1&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/tLs_U394kq8&hl=pt_BR&fs=1&rel=0"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/tLs_U394kq8&hl=pt_BR&fs=1&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br />só com a rita.guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6716742801816674136.post-22613563958170420292010-03-22T07:36:00.000-07:002010-03-22T07:41:15.894-07:00Presente feito em casa- Vai quebrar, vai quebrar.<br />quebrou.<br />- Eu avisei, não avisei?<br />Tinha que ser delicado e tinha que ter os dedos leves, levinhos, levíssimos.<br />Mas enquanto tentava entender que -íssimos não fazem parte da poética dos barbantes, ele errava, rasgava e tantava de novo.<br />- Olha só, cuidado... cuidado. Não!<br />Outro.<br />Enquanto isso se perdiam os panos, as linhas e os barbantes. Além do sentido de carinho da coisa.guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6716742801816674136.post-28797178487011991032010-03-22T07:30:00.001-07:002010-03-22T07:33:32.241-07:00Sudoeste"Tenho por princípios nunca fechar portas<br />mas como mantê-las abertas<br />o tempo todo?<br />se em certos dias o vento quer derrubar tudo."<br /><br />Adriana Calcanhottoguhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6716742801816674136.post-25609796006748711362010-03-22T06:58:00.000-07:002010-03-23T20:44:03.640-07:00Uns pedacinhos do fimEu não <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">explodo</span>, nunca. na verdade me parece mais que eu apenas perco pedaços e me <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">desconstruo</span>. fosse feito só de esperanças, a essa altura eu talvez só tivesse pés. por causa da vida, temo perdê-los. creio que dentro de alguns dias serei apenas um dedo. para apontar tudo que já me aconteceu. sinceramente, eu não sei o que fazer, não me parece boa <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">idéia</span> tentar me proteger agora, se é que já não o faço. já não sinto com integridade todas as <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">seções</span> da minha vida, certas galerias não possuem mais um quadro a perder, outras paredes começam a ser preenchidas agora, com obras que eu nunca sonhei possuir, mas que eu temo, como temo tudo que é necessário.<br />Acho que brevemente terei simplesmente que fechar portas, depois de enxaguar o chão e cerrar as janelas, negar luzes. aos <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">visitantes</span> futuros e aos possíveis <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">atuais</span>, peço perdão, mas agora espero que apenas saia, depois de ficar à vontade para aprender o que quiser com o que sobrou de mim.<br />Parece haver muito mais a dizer, mas meus olhos pesam e não quero molhar o papel. isso tem se tornado cada vez mais frequente, essa pressão atrás dos meus olhos e o nó na minha garganta. quero parar nos <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">registros</span> apenas, sabendo que nada irá se interromper na linha de existência.<br />Agora acho que certas obras deveriam me pertencer apenas.guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6716742801816674136.post-9296500068238486842010-03-22T05:14:00.000-07:002010-03-27T16:16:57.648-07:00Asilos Magdalena<object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/YXnnV7-8OvM&hl=pt_BR&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/YXnnV7-8OvM&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br />"Enfermo cheguei<br />E para me compor<br />Ando incerto<br />Não me dê sua obediência<br />Porque te mostro meu corpo de lobo<br />De onde a pele estava débil<br />Com uma fome que não me deixa cantar<br /><br />Na minha vida<br />O escuro me mantém<br />Quando eu te vi<br />Na chuva me prometeste teu sangue<br />Eu não fico...<br /><br />E já que caíste deste mundo<br />Carrego uma navalha<br />Deus meu!<br />Para você<br />Quantas vezes me mordeste<br />E quantas vezes eu me fui<br /><br />E já não estou apaixonado<br />Com tuas mentiras<br />No inferno durmo<br />Porque o inferno é a única verdade"<br /><br />Cedric Bixler-Zavalaguhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6716742801816674136.post-68155317501254010012010-03-05T19:07:00.000-08:002010-03-05T19:16:34.820-08:00MexericoNuma calçada do Éden, conversam Adão e um coelho, enquanto passa o tempo.<br />- Olha aí o tempo!<br />- Opa!<br />- Opa!<br />- Opa!<br /><br />...<br /><br />- Sempre apressado ele, né? Deve de ser muito ocupado.<br />- É, mas quem se ocupa muito, Adão, é porque tem pouco o que fazer.guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6716742801816674136.post-71605512194176600102010-03-05T18:47:00.000-08:002010-03-06T09:06:00.052-08:00A parte que te cabeCorrem as horas, dobram os sinos, latem, ladram, mordem os cães.<br />Morrem os homens<br />Vivas às mulheres<br />e crianças primeiro.<br />O oxigênio passa<br />O pulmão não vê<br />A tinta colore<br />O muro separa<br />E derruba o muro qualquer um que quiser.<br />O autor escreve<br />O artista recita<br />Quem vê inveja, admira, critica.<br />O sol nasce, queima e morre.<br />deus esquece<br />o diabo não.<br />E eu...<br />Eu.<br />Eu espero.guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6716742801816674136.post-69765828469024281132010-03-01T19:30:00.001-08:002010-03-01T19:32:05.089-08:00Por amor a gravidadeEu tive tanta pressa naquele dia. Como nunca caia nada em meu telhado estranhei o barulho na minha cabeça. Algo está errado quando se pensa errado. Isso é mais lógico do que realmente possa ser. E alguém me diria que era só barulho em chuva caindo. Ou que eu imaginava coisas. Que eu desenhava coisas que desejava. Me falaram sobre uma lógica que se aplica a todas as coisas. E eu apenas desejava ser mais colorido em papel. Mais vivo assim com um sorriso bem grande. Uma grande fatia de melancia vermelha. E olhos pequenos pra não poder ver o que realmente acontece agora. Eu só queria sim. Parecer subjetivamente mais vivo. Enrolado num grande lençol amarelo. Fingindo ser um fantasma. Uma alma do passado perdida entre mundos que parecem estranhamente unidos pela grande fé dos que dizem ter fé.<br />Não me sinto assim tão compreendido. Nem deveria. Viraram os holofotes na minha direção e meus olhos só ardem. Através dessa luz consigo ver reflexos do que não deveriam ser nada. Se não há nada a refletir em holofotes eles não são espelhos. Acho que sou eu quem não entende as coisas como devem ser entendidas. Distorcendo a realidade em luzes e cores que só existem pros meus olhos. E refletindo sobre existencialismos falsos. Colocando o pé antes de olhar o caminho. Caindo sem perceber. Tropeçando na vida alheia como se fosse comum. Quem não vê o mundo assim como essa grande esfera comum sou eu. Ou talvez, seja meu pensamento falando comigo mesmo em voz alta, que me faça pensar que isso é estranho e rico em detalhes que desconheço. Eu simplesmente acho que novamente caí em delírio. Eu falhei.Tulipahttp://www.blogger.com/profile/09960366665434613381noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6716742801816674136.post-84111809431279373722010-02-26T10:48:00.000-08:002010-02-26T11:11:01.326-08:00Palhaço na lua"Minhas lágrimas são como a brisa suave<br />de pétalas d'alguma rosa mágica;<br />e toda tristeza vem da caverna<br />de esquecidos céus e flocos de neve.<br /><br />tenho pra mim que caso eu tocasse a terra<br />ela se desfaria.<br />É tão belo e melancólico,<br />tão tremendamente onírico"<br /><br />Dylan Thomasguhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6716742801816674136.post-82968279716684169472010-02-26T04:37:00.000-08:002010-02-26T04:39:46.085-08:00Dizendo tudo"O meu processo criativo consiste numa ininterrupta construção e destruição de imagens saídas do âmago central, ao mesmo tempo, destruidor e construtor."<br /><br />Dylan Thomas.guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6716742801816674136.post-37861197443089566102010-02-24T17:44:00.000-08:002010-02-24T18:56:18.397-08:00Abrindo portas sem mescalina.Vou me trocar em miúdos ali atrás porta do banheiro social. Você não verá, não hoje, que está muito óbvio. Hoje nós vamos apenas olhar para o céu e eu vou te dizer que no meu mundo perfeito existe sempre uma antena cortando o firmamento. É belo como a foto que você tirou de pescoço estirado para cima e olhar estirado sabe lá deus para que vácuo. Se você quer compreender apenas admita que a unha do seu dedo mindinho do pé está tão existencialmente preocupada quanto o nosso cego e arrogante "eu". Assim todas essas antenas ganham um ar de quem observa permanente a impermanência inevitável das nuvens púrpuras da noite escura. E você aí pensando que entidade invisível escrita em que livro sagrado rege o seu destino. Pergunte a elas como é ser levado pelo vento de um horizonte a outro, numa lentidão que dá a certeza do despropósito, apenas pra servir de cama para o sol. Mas não deve haver espanto quando a voz de uma nuvem se desfizer na voz aguda de infinitas partículas subatômicas que abrigam sim um universo em cada uma. Quando percebermos que se lilipute pode estar num grão de poeira do nosso livro menos lido, existem ainda muitas bibliotecas empoeiradas nas esquinas de lilipute.<br /><br />E é por tudo isso que eu não chateio os bonecos da minha estante tecendo a ponto cruzado considerações sobre a incapacidade do meu próximo de entender que qualquer um é capaz de dormir com o cabelo azul e acordar encarando a própria alma preparando um misto quente na cozinha de casa. Imagine então a insignificância que é mudar de opinião sobre a combinação de roupas de um alguém tão conhecidamente indeciso como o amor, perante o sacrifício bíblico que representa a atitude da antena.guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6716742801816674136.post-39191286266549300492010-02-24T17:34:00.000-08:002010-02-24T18:54:25.663-08:00A morte sem nome"A gente leva uma vida tão solitária e acha que precisa completar.<br />Que bobagem! A gente leva uma vida tão solitária que eu achava que precisava de algo mais. Onde estava? Correndo nas minhas veias, pulsando em meu corpo, paixão e hormônios que me levavam do amor à decepção, passando por todo o tipo de doenças. Que bobagem! Poderia completar sozinha, com meus próprios dedos. Poderia cozinhar sozinha com minhas próprias mãos. Poderia tomar banho enxaguar o cabelo, esfregar o chão e virar a garrafa de vodca sem ajuda de ninguém. Por que procurei? Para assistir, para ver seus belos olhos nos meus, para refletir minha ansiedade nos seus belos, belos, belos olhos que nem azuis eram."<br /><br />Santiago Nazarianguhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6716742801816674136.post-83995058901800409582010-02-23T18:51:00.000-08:002010-02-24T18:56:18.397-08:00A víscera do universo.E então, após queimar todos os apartamentos de cada um dos cinco andares do condomínio mais central da cidade, caminho pela rua vazia e escura. uma ainda penteia-se frente ao espelho, por entre o fogo, outro apenas observa pela janela. não há gritos, apenas o crepitar dos trinta anos abrigando depressões, todos os seus fantasmas recentes e enlouquecidos pela solidão dos quartos pequenos, sujos e transtornados.<br />Sempre podemos sentí-las, almas que continuam sua vida na nossa. por isso, não se ouve uma voz. liquefaço-me, escorro pelos bueiros abaixo e carrego comigo todos os descartáveis papéis, lágrimas e abortos. levo tudo o que ninguém quer, diluo, dissolvo, misturo e devolvo.<br /><br />já a chuva é ácida e a pele impermeável. meu corpo se estira no asfalto. no céu estira-se um lindo dia de sol branco. abrem-se as portas e cruzam-se os corpos. olhos, olhos, olhos e o chão rachado, apático me transmite calor, doenças e o dia de ontem. o chão não consegue dormir e a terra guarda rancor do pé que a pisou. ouve-se as máquinas mas não se vê.<br />a engrenagem se contorce como os dedos cruzados de minhas mãos sobre o meu peito. já estive frente as câmeras, me dividi em infinitos pedaços e fui jogado aos céus para voltar como uma massa vazia dentro da televisão. direto para seus olhos e eles direto para seu prato.<br /><br />enquanto isso, por entre as engrenagens de meus dedos, passeia o verme.<br /><br />esse carbono que sou faz aniversário de mais uma eternidade, sabendo ser isso apenas parte de uma vida sem infância, apodrecimento e morte. <span style="font-style: italic;">ego sum qui sum</span>. porque nunca fui, nem nunca serei. sou, apenas.guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com1