domingo, 5 de julho de 2009

Ripping paper

Emendando náuseas. Tudo é tão sequencial e continuado. Quadro a quadro, como numa galeria, todas as obras parecem independentes. Sei que existe tempo e momento juntando os mindinhos de cada pintura, desenho, retrato. Cada tristeza e dor trazem em si sua arte independente, eu no entanto, por tempo e momento, sem perceber, emendo náuseas, todas em uma só tela de arte final. Tantos quadros e você poderia jurar que vê apenas uma pintura repetida parede após parede, porém quem entra nas minhas galerias entra sabendo que pouco é o que parece e nada veio no mesmo tempo, no mesmo momento. Hoje, no entanto, como em todo fim eu decido não mais pendurar a mesma obra, nem mesmo uso qualquer tela. Esta ala se fecha como algumas outras lá trás no caminho e pra garantir um fim, hoje sem tela, toda a tinta vai na parede. Eu sei, nada nunca põe fim à náusea, mas eu acho que tantas paredes merecem mais tempo. Mais momento. E tanto papel pode ser rasgado...

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