quarta-feira, 9 de setembro de 2009

não subir aquela rua.

não me faz falta. o que eu nunca quis nem ouvir e agora tem que fazer parte de mim. eu vou guardar no mais profundo de tudo e como quase tudo o mais, aquilo apenas pesará. mas hoje eu não saio da minha caixa, nem abro meus braços. não vou subir aquela rua, não vou subir aquela escada, não vou subir nessa vida. eu esperaria que os anos se fossem e os dias nunca mais acabassem. porque eu odeio ter novas oportunidades, essa descontinuidade e esquecimento. eu quero sofrer com os erros e refazer o quebra cabeças sem ter de desmontá-lo. hoje eu não vou sair da minha caixa. cada dobra do papel será entendida antes que eu construa uma estrela. os contornos e mistérios das páginas amareladas não serão do passar dos anos, apenas do tempo. hoje não se acaba até que tudo se acabe, tudo se entenda, todo querer faça sentido. hoje não se acaba enquanto amanhã ainda tiver alguma razão de ser. ainda hoje, apenas não agora, eu vou subir aquela rua, eu vou pegar aquela estrada, eu vou me jogar daquele prédio. hoje, que eu decidi não sair da minha caixa.

2 comentários:

  1. "mas hoje eu não saio da minha caixa, nem abro meus braços"

    li e reli várias vezes e ainda tenho a mesma sensação...

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  2. q eu ainda quero saber qual eh =)

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