sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Arpejo

O meu arpejo me cercou. O agora em notas que me envolvem e me tocam em acordes que me envergonham. É voz em tom suave que chega perto do ouvido. Eu a ouvir os teus cantos. Se me enlaço em teus braços é pra não cair em prantos.
A minha vida é ligada a tua por fios invisíveis. Assim prefiro. Fios que não sejam notados. Meu ponto fraco. Minhas notas agudas e graves... retiradas de mim em um só toque. Toque de novo a mesma canção. Aquela que já estamos cansados de ouvir.
O cansaço me faz lembrar que nossos dias são muitos, embora poucos se estendam, poucos se emendam. Fios amarrados e fios a fazer cócegas é assim que será. Meu pescoço enlaçado. Vermelho te chama a atenção. Mas sei que prefere algo como branco. Puro. Leve. Como deveria ser as minhas mãos a tocar algo. Uma sonata para um piano.
Mas não sei tocar nada. Nem ao menos te tocar. Quando toco não sei se devo ser intensa ou preguiçosa. Se te deixo em sono. Me preocupo que durma. Embora queira que durma em meus braços. Embora pense em acordar nos teus. Mas sono assim nessas horas me deixa em agonia. Me deixa mais que inquieta. As horas passam sem que eu sinta. E eu sinto apenas a tua falta.

6 comentários:

  1. rê, temos dois arpejos...só que o meu é de lá, o teu de fá e do agudo pro grave. Eles devem ter um nome pra isso.

    ResponderExcluir
  2. eu ateh qria ler o q tu anda escrevendo, mas tah difícil.... >.<

    ResponderExcluir
  3. pq naum aparecesse a letra.. aparece uns símbolos lindos e estranhos *---------------*

    ResponderExcluir