Dentre tantos corações de casimira, de tantos firmes e calorosos espíritos do leste, eu me sinto de um outro tecido. Incerto, frio e sombrio. Para dias quentes. Algo barato, fácil. Dentro do comum. A vida teceu assim, sem apresso ou preocupação, com uma mão cansada. Como uma mãe cansada, uma mãe mecânica, entediada.
superestimadas são a vida e as mães.
Por mais que eu me engane e traga o céu com colagens, misturas e cores, eu não sou muito mais que uma sombra, uma visão do apocalipse, um acidente que não vai acontecer. Enquanto colo nuvens e te traduzo em linhas e letras no papel, seus olhos não encolhem e seu ar não se altera. Eu vejo gelo derreter dentro do copo, mudo gotas de lugar, brinco de manchas de feixes de luz. Esfrio para ponteiros ainda movidos por calor.
no fim, eu não quero mesmo que o tempo passe.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário