terça-feira, 6 de outubro de 2009

Subterrâneo II


well i'm scared of riding a falling star.
but I got time, if you call me I can't deny.
and I want to go back home,
I just don't know what to do
with my haste
and nothing
and useless time

to keep a pace
with something
but warning signs

can I want just to stand by
and never play the part
of a never landing guy

if we're better than we've ever pretended to be
what I ask and wonder is why
what I ask and wonder is why
what I ever wonder is why...

Alguma coisa caía morta naquela noite. E ninguém tinha nada a ver com isso. A filha de alguém, o problema de alguém e ninguém tinha nada a ver com isso.
Ao redor da mesa uns quatro, cinco universos passageiros. Jogado sobre ela apenas o mais absoluto conjunto de existencias. Imateriais e vazias. Vestidinho colorido, de retalhos quadriláteros. Dois, três centímetros de lado. Vermelho, roxo, azul,vermelho, amarelo, vermelho. "TV set", "68", "warhol", "peace", "love", "war". Azul, amarelo, vermelho. Os outros eram apenas all stars e camisetas brancas e aros grossos, essas coisas. Das coisas que se odeia, dos absurdos que se vê, que se ouve.
Acontece que pessoas falam e isso dói e dor não pensa, só responde.
Siga olhar, acompanhando a fumaça, subindo ao reino dos céus, condensando sob o disco voador, o alienígena bipolar com lápis e papel na mão estudando a síndrome de tourette, a linguagem, a realidade. Por um módico, simbólico sacrifício pode-se estacionar sobre a terceira nuvem a esquerda, sob os olhos, as preces e flanelas dos anjinhos cacheados, ao lado direito de deus. Acima disso, não se sabe, liberdade talvez. Uns quadros da Marilyn pendurados nos macacos, comidos por morangos de saia. Muito mais que isso, tudo com lasers. Acima de deus e de toda moral da história apenas japoneses dançando can can para cadeiras sorridentes num deserto de jujubas, debaixo de um escaldante céu de metáforas sanguinolentas e sádicas, empilhadas ao final de uma esteira industrial. Acima da janela do apartamento divino mora apenas um sorridente e solitário livre arbítrio.

através das lentes extraterrenas estou eu trabalhando na árdua tarefa de desviver, passando o tempo com o tempo e a TV, brincando de quem piscar primeiro. Eu queria um Dali aqui. Na minha parede.
No mais, aqui eu fico. Porque, com todo o coração, eu quero.
Eles lá vão. Porque, e nada além de porque, podem, nada mais.



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