domingo, 27 de dezembro de 2009

Menos Bukowski

O vinho acabou, a música parou, o relógio caiu.
E, por fim, o José foi embora. Já não era sem tempo.

Eu queria ser outro, completamente dessa vez. Menos Bukowski, ler mafalda. Tocar estrelas e não cortes. Mas eu espero. Juro que quando tiver um jardim, eu terei mais aforismos. É que nem toda canção é feita para ser bela. Até lá, esbaldemo-nos em tanta feiura, que eu não quero o que é bonito, mas o que é inteiro. Nem o que é certo, e sim o que é sincero. Você vai sentir uma picada. Por isso me diga como vai a família, como foi seu dia e, por fim, como vai essa dor. Se for aguda, como um chute na canela, se verterem lágrimas dos seus olhos, verterão dos meus, se você sorrir, como eles sorrirão, eu recebo meus aplausos, mas se você cantar, como poucos cantarão, então bem-vindos, minha senhora, meu senhor.
Ao mais encantador dos shows de horrores.

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