sábado, 14 de março de 2009

Sorriso de Mulher

O sorriso. Algo tão trivial. Quantos sorrisos nós podemos ver por dia? Por semana? Por mês?

Mas eu pergunto, e quero ver quem ousa responder: Quantos têm a sinceridade da própria verdade? Quantos sorrisos, de fato, te fazem sorrir junto, mesmo você naquele triste dia em desalento? Quantos sorrisos não são um mero alargamento dos lábios com uma exibição gratuita de dentes?

Eu sou impetuoso e respondo. Quase nenhum. Raros. Raríssimos.

Quantos sorrisos te permitem ver que ainda existe algo de admirável no cerne das pessoas?

Esse é ponto mais difícil. Como pode um sorriso ser tão franco e arder tanto ao plano de fazer você esquecer-se da beleza exterior de uma pessoa?

Falar de belas feições é fácil demais. Descrever o quanto uma mulher linda é linda, é quase uma tarefa de criança. Discorrer uma declaração, registrar um poema, escrever um romance inteiro baseado apenas em uma irresistível aparência não te dará grandes créditos, salve-se por um extenso vocabulário, mas beleza é algo que todos vêem, apaixonante para qualquer um, basta que possua olhos que funcionem bem.

Muitas vezes a beleza exterior encobre a beleza interior para quem vê e ainda mais para quem possui.

Mais difícil que não se perder por ser belo e preservar a própria formosura interior, é encontrar um indivíduo que admire essa formosura, esse encanto íntimo, profundo e fascinante, acima de tudo, encontrar alguém que valorize esse que é o atrativo mais verdadeiro existente, e que não se deixe cegar pelo que é fácil de ver.

A beleza, em suas diferentes formas, é algo que, sinceramente, me encanta absurdamente. Mas sou alguém que contempla o etéreo, e prefere sentir ao invés de ver.

Inclusive um extenso e suntuoso sorriso de mulher.

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